pós a morte de quatros presos e a confusão que deixou outros sete feridos na noite de neste domingo, 20 detentos foram transferidos da Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, para a Unidade Prisional de Itacoatiara, no interior do estado. A transferência ocorreu na manhã desta segunda-feira (9) por medida de segurança.
A Cadeia Vidal Pessoa foi reaberta na segunda-feira (2) para a acomodação de presos ameaçados de morte pela facção criminosa Família do Norte (FDN), apontada como responsável pelas 56 mortes no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), na semana passada.
De acordo com Orlando Amaral, titular da Secretaria Adjunta de Operações (Seaop), os presos transferidos nesta manhã seguiram em caminhão baú para Itacoatiara, que fica na Região Metropolitana de Manaus. Todos estavam recebendo ameaças, segundo o secretário.
"A transferência desses presos é para justamente desafogar o sistema e a gente evitar maiores problemas. São pessoas que estavam ameaçadas e poderiam ser mortas. Eles estavam em situação de isolamento para serem transferidos hoje de manhã. Essa verificação foi feita ontem", disse Amaral, sem comentar se a unidade prisional do interior tem condições de receber o grupo de presos ameaçados.
Rebelião
A movimentação de detentos na Vidal Pessoa começou por volta das 3h (5h de Brasília) de domingo (8), uma semana após o massacre que deixou mais de 50 mortos. No momento do tumulto, apenas dois agentes penitenciários monitoravam o local, segundo o vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Amazonas, Antônio Santiago.
A movimentação de detentos na Vidal Pessoa começou por volta das 3h (5h de Brasília) de domingo (8), uma semana após o massacre que deixou mais de 50 mortos. No momento do tumulto, apenas dois agentes penitenciários monitoravam o local, segundo o vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Amazonas, Antônio Santiago.
Em nota, o Comitê de Gerenciamento de Crise informou que os presos iniciaram uma briga por motivo desconhecido. Dos quatro mortos confirmados, três foram decapitados e um asfixiado. A OAB-AM diz ainda que um quinto detento morreu após dar entrada em um hospital de Manaus. Outro preso segue internado com quadro clínico estável em uma unidade hospitalar após passar por cirurgia.
O policiamento foi reforçado pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar. As mortes serão investigadas, segundo o comitê de crise. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) para identificação.
Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-AM, Epitácio Almeida, cinco detentos estão desaparecidos. A ausência dos internos foi notada após a contagem de presos. "Cinco [detentos] não foram encontrados. Podem estar escondidos no forro, foragidos", disse. Segundo ele, os presos já voltaram para as celas.
A Seap informou em nota que a Secretaria e a Polícia Militar estão realizando uma nova contagem na cadeia. A secretaria informou que a situação dentro da unidade é considerada "estável".
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