Uma profusão de loiras na tela, celebrando e bebendo garrafas de Chandon, em meio à decoração que recria barracos, vasos sanitários entupidos e fiação clandestina. Como trilha sonora, o mais legítimo funk carioca. Assim vem causando polêmica um vídeo publicado na página da festa Errejota no Facebook.
Em menos de 24h, o post atraiu centenas de críticas de ativistas de causas raciais, muitos apontando para a “romantização da pobreza” pregada pela festa. Outros citam a apropriação da cultura negra e relembram o cotidiano duro vivido por moradores de comunidades do Rio de Janeiro.
A próxima edição do evento, que ocorre daqui a alguns dias, conta com ingressos diferenciados: R$ 70 para mulheres, R$ 90 para homens. O que ainda traz como cereja do bolo muitas acusações de machismo.
"Favela não é fantasia não, não é tema, vocês não fazem ideia de como é viver na favela, então parem de achar isso legal", escreveu uma internauta; "Eles simplesmente satirizaram toda a luta, drama e dor de se morar na favela servindo de decoração pra filhinho de papai pagar de negro ostentação", disparou outra usuária do Facebook.
Abaixo estão algumas das diversas reações negativas ao vídeo;
Em sua página no Facebook, os oragnizadores da festa publicaram um comunicado oficial, em que justificam a cenografia da Errejota como uma tentativa de enaltecer de forma "bem humorada" o funk e sua cultura. "Reiteramos aqui nosso pedido de desculpas caso, em algum momento alguém tenha se sentido ofendido. Mas principalmente, temos certeza que estamos mostrando a cultura do funk de maneira bacana, construtiva e que busca orgulhar não só quem nasceu e foi criado numa favela, mas todo carioca, afinal o funk é um patrimônio de todo carioca, não apenas das comunidades onde ele nasceu", diz um trecho da nota oficial. Confira abaixo, na íntegra.
Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/rio/festa-de-funk-com-ingresso-r-90-criticada-por-gourmetizar-pobreza-18985002.html#ixzz44a21evaY
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