segunda-feira, 20 de julho de 2015
Seu celular sabe quando você está deprimido
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 350 milhões de pessoas no mundo sofrem com depressão. Mas menos da metade dessas pessoas passa por um tratamento adequado - muitas vezes pela falta ou problemas no diagnóstico. Agora uma nova pesquisa aponta que temos um aliado para identificar a depressão em nossos bolsos / bolsas: os smartphones.
Um novo estudo da Universidade de Northwestern demonstrou que o seu smartphone conhece a sua dor. Os pesquisadores usaram marcadores de comportamentos depressivos e instalaram sensores de uso no celular de 28 pessoas. Ao fim de duas semanas, os cientistas cruzaram os dados do uso do celular com informações médicas dos voluntários - e foram capazes de acertar com 86% de precisão se o dono de cada smartphone estava ou não com depressão.
Para que os dados fossem obtidos, os participantes do estudo precisaram baixar um programa chamado Purple Robot, um app que reúne informações como programas e uso do GPS para analisar o comportamento do usuário. E, enquanto outros estudos já analisaram os hábitos de pessoas com depressão nos celulares, este foi o primeiro a usar um programa do tipo. E isso fez diferença - afinal os sintomas podem ser detectados sem que a pessoa precise se abrir e falar sobre a vida, um exercício complicado até para quem não está depressivo. "Os celulares analisam a vida das pessoas de uma forma não-invasiva e sem esforço por parte do paciente", afirmam os autores do estudo.
Outra pesquisa, publicada em 2014, mostra que o uso excessivo do celular pode estar relacionado com a depressão - voluntários que 'não largavam do celular' tinham uma maior variação de humor, eram mais temperamentais, materialistas e desatentos. A mesma pesquisa sugere que não é o aparelho que causa a depressão, mas sim que quem usa demais o celular está tentando se distrair de pensamentos depressivos. Ou seja, mais um motivo para usar o telefone como uma ferramenta de diagnóstico?
Ainda assim, vale lembrar que na pesquisa de Northwestern, a amostragem de participantes foi muito pequena - mais estudos devem ser feitos para validar as descobertas.
Via RevistaGalileu
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