sexta-feira, 24 de julho de 2015
Trens emparelhados: o fim das estações abarrotadas
O trem continua sendo o mais confortável e seguro meio de transporte de passageiros de longa distância, e também o que mais oferece possibilidades de usar combustíveis de baixo impacto ambiental. Mas ainda pode melhorar muito em termos de rapidez e eficiência. Em países com malha ferroviária densa, os passageiros costumam sofrer com estações abarrotadas de gente e atrasos, que, ao contrário do que se pensa, acontecem no mundo todo, inclusive na Inglaterra.
É de lá que surge a mais recente proposta de um sistema em que os trens não param nas estações, apresentada pela empresa de design de transportes Priestmangoode e chamada de Plataformas Móveis. A ideia é implantar um sistema local em que um trem recolha os passageiros em pequenas estações espalhadas pela cidade. Em alguns pontos do trajeto, esse trem emparelharia com outro, de alta velocidade, que faria as viagens interurbanas. Durante o emparelhamento, abririam-se portas de comunicação entre as duas composições e os passageiros embarcariam para a viagem.
Uma operação dessas exige que o trem principal reduza a velocidade, mas economiza-se bastante tempo e combustível se ele não tiver que parar totalmente a cada estação, além de tornar os horários totalmente previsíveis, já que, se não houver sincronia perfeita, os trens não se emparelham corretamente. Hoje, os atrasos que se acumulam podem levar os operadores a ultrapassar a velocidade segura numa tentativa de compensar o tempo perdido. Foi o que aconteceu em dezembro de 2013, quando um trem descarrilou em Nova York, causando quatro mortes.
Um outro sistema que dispensa os trens de parar na estação foi apresentado em 2008 pelo taiwanês Peng Yu-lu. A ideia é que os passageiros em cada estação embarquem em vagões que se acoplarão ao trem, seguindo viagem, e desembarquem em vagões que serão desconectados dele.
Avião hipersônico
A necessidade (ou obsessão) humana por novos meios de transporte que encurtem distâncias originou um projeto do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O objetivo é desenvolver motores que permitam alcançar velocidades hipersônicas (cinco vezes a velocidade do som; o avião mais rápido da história, o SR-71 Blackbird, chegou a três vezes). Em dezembro passado, o Pentágono conseguiu que um protótipo não tripulado e identificado como X-51A realizasse um voo de cerca de 400 km.
Foi a comprovação de que o aparelho pode ser usado em viagens de longa distância. A ideia é que ele dê origem a um avião de carreira que faça o trajeto Sydney-Nova York em apenas quatro horas (hoje são 19). Ainda faltam algumas fases de desenvolvimento até que isso aconteça. Para funcionar, o X-51A teve de iniciar o voo sendo lançado por um bombardeiro B-52 e tomar impulso com a ajuda de um motor de foguete.
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